Um grupo de estudantes da primeira turma de pós-graduação em «ciências sociais» da imberbe Universidade de Cabo Verde participou entre 17 e 22 de Março de 2008 num seminário académico patrocinado pelo CODESRIA que teve lugar em Maputo, Moçambique. Na qualidade de, digamos, «penetra», juntamente com mais dois colegas, no grupo, me sinto na obrigação (brincadeira! É um prazer impronunciável) de deixar uma palavra de incentivo não só ao CODESRIA, pelo brilhante trabalho que vem desempenhando em prol da preservação, valorização e promoção do conhecimento produzido em África, mas também a esses estudantes já que neles deposito muita esperança na contribuição que poderão dar em prol da aproximação das ciências sociais no nosso país-arquipélago às diversas realidades do continente africano e à democracia cognitiva no geral. Imagino (e espero hehe) que com estas palavras o peso da responsabilidade lhes tenha aumentado sobre os ombros. Um grande abraço a todos e a todas!
Wednesday, March 26, 2008
CODESRIA Ki sta manda
Tuesday, March 25, 2008
«Estórias de Reconciliação»
«Icuro Curóra, o Mau», Estórias de Reconciliação, Associação dos Escritores Moçambicanos, (AEMO), CNUM: UNESCO, 1994, p. 32.
Uma homenagem aos escritores moçambicanos em especial a Filimone Meigos que me ofereceu este pedaço maravilhoso de «estórias orais» moçambicanas passadas para o papel após o término da guerra civil (1976-1992). Para além de «artista», como ele se define, já que vez em quando toca guitarra, Meigos é poeta, professor e ex-militar da FRELIMO tendo estado em três frentes de combate: «guerra da independência», «guerra da antiga Rodésia» (na ajuda a Mugabe para derrotar o regime de então) e a «guerra civil». Conheci-o num Workshop do CODESRIA (Conselho para o Desenvolvimento da Pesquisa em Ciências Sociais em África) em Maputo e um dia me levou, juntamente com demais colegas, para conhecer a Sede da AEMO na mesma cidade. Para a minha felicidade estava a decorrer uma feira de livros usados da Associação. Era o último dia. Não me fiz de rogado e, como podem ver na foto, me joguei literalmente ao chão! Descobri algumas raridades...mas mais não conto.
Sunday, March 16, 2008
Maputo - «Maningue»
PS. O meu irmão André vai me mostrar os «cantos à casa.»
Friday, March 14, 2008
Amistad - Quid?
Não é que eu não seja apologista da valorização da memória histórica, tanto mais sabendo do poder de um conhecimento fruto de uma releitura a partir de um prisma pós-colonial, mas a forma como a memória de alguns africanos que lutaram, a custa de muito sangue, pela sua emancipação, foi, por vezes e por alguns, vilmente instrumentalizada para fins políticos e económicos (vulgo, eleições autárquicas 2008, e candidatura a património comum da humanidade da 'Cidade Velha') me deixa profundamente estarrecido!
EJIC II - A Ressaca
O certame teve como sede oficial o Auditório da Reitoria da Universidade Pública de Cabo Verde. Contudo, a sede dita informal, mas real, onde melhor se produziu e se 'reproduziu' o conhecimento, ou a 'teoria crítica', foram os espaços considerados marginais e/ou subalternos pelo cânone universitário: os espaços de 'festa'.
Deixo-vos, com a foto, o cheirinho de um pulsar do saber da ecologia feminina que metamorfa os saberes coloniais predominantemente machistas ou patriarcais.
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